Crianças com muitos seguidores nas redes sociais têm se tornado cada vez mais comuns. Algumas dessas crianças são filhos de celebridades, enquanto outras se tornaram famosas por conta própria usando estratégias de marketing ou até mesmo através de painéis SMM. Essas crianças costumam ter milhares ou até mesmo milhões de seguidores nas redes sociais, o que as torna influenciadoras digitais.
De acordo com uma pesquisa recente, cerca de 86% dos usuários de internet de 9 a 17 anos no Brasil possuem perfil em rede social, e os aplicativos mais usados por esses jovens são Instagram e TikTok. Dentre as redes sociais incluídas na pesquisa, a plataforma mais utilizada pelas crianças de 9 a 12 anos é a rede de vídeos curtos TikTok. Já os participantes mais velhos da pesquisa, de 13 a 17 anos, têm o Instagram como principal rede social acessada.
Algumas dessas crianças com muitos seguidores nas redes sociais são expostas desde muito cedo na internet, o que pode gerar impactos negativos em seu desenvolvimento. No entanto, outras crianças conseguem lidar bem com a exposição e aproveitam a fama para divulgar causas importantes e inspirar outras pessoas. Nesse contexto, é importante refletir sobre os impactos que a internet pode ter na vida das crianças e como os pais e responsáveis podem ajudá-las a lidar com a exposição nas redes sociais.
A Ascensão de Jovens Influenciadores
Os jovens influenciadores digitais têm se tornado cada vez mais populares nas redes sociais. Eles são capazes de atrair um grande número de seguidores e de engajar seu público com conteúdo autêntico e criativo. Nesta seção, vamos explorar as plataformas populares e seus protagonistas mirins, além de discutir o impacto da idade e maturidade no conteúdo digital.
Plataformas Populares e Seus Protagonistas Mirins
As redes sociais mais populares, como Instagram, YouTube, Facebook, Twitter e TikTok, têm sido o palco para a ascensão de jovens influenciadores. Eles criam conteúdo em diferentes formatos, como vídeos, fotos e textos, e conseguem atrair milhões de seguidores graças à sua personalidade única e ao seu talento para se conectar com o público.
Alguns exemplos de influenciadores mirins que se destacam nas redes sociais são:
- Bela Fernandes: com apenas 14 anos, ela já acumula mais de 5 milhões de seguidores no Instagram e 2 milhões de inscritos no YouTube. Ela é conhecida por sua atuação em novelas e por seu conteúdo divertido e descontraído nas redes sociais.
- Maria Clara e JP: irmãos gêmeos de 10 anos que têm mais de 3 milhões de seguidores no Instagram e fazem sucesso com seus vídeos engraçados e criativos.
- Valentina Schulz: com apenas 9 anos, ela já tem mais de 2 milhões de seguidores no TikTok e é conhecida por seus vídeos de dança e humor.
O Impacto da Idade e Maturidade no Conteúdo Digital
A idade e a maturidade dos influenciadores mirins são fatores importantes a serem considerados na criação de conteúdo digital. É necessário que esses jovens tenham um perfil adequado para o público que os segue, além de uma boa orientação dos pais e responsáveis.
Os adolescentes que desejam se tornar influenciadores digitais devem estar cientes dos riscos e das responsabilidades envolvidas nessa atividade. Eles devem ter maturidade suficiente para lidar com a exposição na internet e para criar conteúdo que seja relevante e positivo para seu público.
Em resumo, a ascensão de jovens influenciadores nas redes sociais é uma tendência que veio para ficar. Eles são capazes de criar conteúdo autêntico e criativo, além de engajar seu público com sua personalidade única. No entanto, é importante que esses jovens sejam orientados e tenham maturidade suficiente para lidar com os desafios e responsabilidades que essa atividade envolve.
Desafios e Riscos Online
As crianças que possuem muitos seguidores nas redes sociais estão expostas a diversos desafios e riscos online. É importante que os pais estejam cientes desses riscos e tomem medidas para proteger seus filhos.
Privacidade e Segurança na Web
A privacidade e segurança na web são uma preocupação constante para os pais. É importante que as crianças saibam como proteger suas informações pessoais e evitar compartilhar informações sensíveis, como endereço, número de telefone e informações de cartão de crédito.
Os pais podem ajudar seus filhos a proteger sua privacidade na web, ensinando-os a criar senhas seguras, verificar as configurações de privacidade em suas contas de mídia social e evitar clicar em links suspeitos.
Saúde Mental e Exposição a Riscos
As crianças que possuem muitos seguidores nas redes sociais podem estar expostas a riscos como bullying, cyberbullying, pedofilia e abuso. Além disso, a exposição constante nas redes sociais pode afetar a saúde mental das crianças, levando a problemas como ansiedade, depressão e baixa autoestima.
Os pais devem monitorar a atividade online de seus filhos e estar atentos a possíveis sinais de que algo está errado. Eles podem ajudar seus filhos a lidar com o cyberbullying, ensinando-lhes a denunciar o comportamento ofensivo e bloquear os agressores.
Também é importante que os pais tenham cuidado ao compartilhar informações sobre seus filhos nas redes sociais, prática conhecida como sharenting. Isso pode expor as crianças a riscos de roubo de identidade e outros problemas de segurança online.
O Papel dos Pais e Responsáveis
Os pais e responsáveis têm um papel fundamental na supervisão e educação digital das crianças que possuem muitos seguidores nas redes sociais. A mediação parental é uma prática importante para orientar e monitorar o acesso das crianças à internet e às redes sociais.
Educação Digital e Supervisão Familiar
Os pais devem estar cientes dos riscos e benefícios do uso das redes sociais por crianças e adolescentes. É importante que eles sejam educados sobre como as redes sociais funcionam, os perigos do compartilhamento de informações pessoais e a importância da privacidade infantil.
A supervisão familiar é essencial para garantir que as crianças usem a internet de forma segura e responsável. Os pais devem monitorar as atividades online de seus filhos e estabelecer regras claras para o uso da internet e das redes sociais.
Legislação e Diretrizes para Proteção Infantil
A idade mínima para criação de um perfil nas redes sociais é de 13 anos, de acordo com as diretrizes das plataformas. No entanto, muitas crianças abaixo dessa idade possuem perfis e são ativas nas redes sociais.
Os pais têm a responsabilidade de garantir que seus filhos usem as redes sociais de forma segura e responsável. Além disso, a legislação brasileira prevê a proteção da privacidade infantil e estabelece medidas para a prevenção de crimes virtuais contra crianças e adolescentes.
Os educadores também têm um papel importante na educação digital das crianças. Eles devem orientar os alunos sobre o uso seguro e responsável da internet e das redes sociais, além de incentivar a participação dos pais na mediação do acesso à internet.
Em resumo, os pais e responsáveis têm a responsabilidade de educar e supervisionar o uso das redes sociais por crianças e adolescentes. A mediação parental, o controle parental e a educação digital são práticas essenciais para garantir a segurança e a privacidade infantil na internet.
Pesquisa e Tendências
Dados e Estatísticas Relevantes
De acordo com pesquisas realizadas por um painel SMM, cerca de 88% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos possuem perfil nas redes sociais, sendo o Instagram a rede social preferida pelos adolescentes, seguida pelo YouTube e TikTok. Além disso, estudos mostram que 3 a cada 5 crianças de 9 a 10 anos possuem perfis em redes sociais, mas o uso da internet é mais monitorado pelos pais, com restrições para postagens de fotos e vídeos e informações pessoais.
A pesquisa TIC Kids Online Brasil 2021, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) em parceria com o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), revela que 78% das crianças e adolescentes que estavam conectados na internet usaram redes sociais em 2021. Os dados também mostram que o WhatsApp (80%), Instagram (62%) e TikTok (58%) são as redes sociais mais utilizadas pelos jovens de 9 a 17 anos.
Futuro da Interação Social Online para Crianças
Com o aumento do acesso à internet e das redes sociais, é importante que pais e responsáveis estejam atentos à segurança e proteção das crianças na internet. O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) recomenda que os pais orientem seus filhos sobre os riscos e perigos da internet, ensinem boas práticas de segurança online e monitorem o uso das redes sociais.
Além disso, é importante que as redes sociais desenvolvam políticas de segurança e privacidade, a fim de proteger os usuários de possíveis ameaças, como cyberbullying, exposição de informações pessoais e conteúdo inapropriado. O futuro da interação social online para crianças deve ser pautado pela segurança e privacidade, garantindo um ambiente saudável e protegido para os jovens usuários.