Conforme vão crescendo, os bebês devem ter suas horas de sono diminuídas, como recomenda a Sociedade Brasileira de Pediatria
A chegada de um bebê para a família é sempre um momento de entusiasmo, mas também de preocupações. A hora do sono do recém-nascido, por exemplo, costuma ser uma delas, devido à sua relevância para a saúde da criança. Conforme informa a National Sleep Foundation, a qualidade do sono é tão importante quanto a alimentação e pode impactar diretamente no desenvolvimento infantil.
Bebês que têm uma noite de sono equilibrada e saudável tendem a se alimentarem melhor e a ficarem menos irritados durante o dia. Mas, para isso, é preciso garantir que os pequenos reponham as energias corretamente, pois cada fase da vida do bebê irá necessitar de uma rotina de sono diferente.
Um recém-nascido, por exemplo, pode chegar a dormir até 20 horas por dia, com pausas para amamentação. Para ajudar nesse processo e estabelecer uma rotina de sono para o pequeno, é possível adotar alguns hábitos e utilizar algumas ferramentas como a babá eletrônica.
Sono do recém-nascido: quanto tempo é considerado normal?
Muitos pais de primeira viagem certamente já ouviram que, nos primeiros meses de vida, é preciso dizer adeus às longas noites de sono. Essa afirmação acaba gerando preocupação e até mesmo medo em quem ainda não conhece como funciona a rotina de um bebê recém-nascido.
Mas ao contrário do que muitos pensam, nessa fase da vida é normal que os pequenos durmam por um longo tempo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), no primeiro mês, o bebê pode chegar a dormir de 16 a 20 horas por dia.
No entanto, esse período pode ser dividido em ciclos de sono com duração de uma a quatro horas, entre as quais são realizadas a amamentação e as necessidades fisiológicas.
O bebê deve ser acordado para mamar?
É muito comum que os ciclos de sono do recém-nascido sejam conduzidos por ele mesmo, ou seja, ele acorda sozinho para se alimentar. No entanto, também é normal que a preguiça fale mais alto e surpreenda os pais com um sono mais longo do que o esperado.
Nesses casos, é essencial que os pais acordem os pequenos para que a amamentação seja feita. Nos primeiros meses de vida, o estômago do bebê ainda é muito pequeno e a alimentação precisa acontecer com mais frequência para que ele esteja sempre bem nutrido.
O intervalo entre uma mamada e outra é o mesmo preconizado pela SBP para os ciclos de sono, ou seja, de uma a quatro horas. No entanto, é recomendado também ouvir a opinião do pediatra que acompanha o bebê desde o nascimento.
Evolução do sono dos bebês
Conforme os bebês forem crescendo, as horas de sono também vão variar para acompanhar o seu desenvolvimento. Aos 3 meses, segundo a SBP, os pequenos devem dormir em média 15 horas por dia, incluindo o sono noturno e as sonecas que podem ser de cinco a nove horas.
Já aos 6 meses, o tempo total de sono perde uma hora e vai para 14 horas por dia e as sonecas costumam durar entre duas e três horas. Com 1 ano de idade, os pequenos precisam dormir 13 horas por dia e as sonecas, quando ocorrem, são na parte da manhã e da tarde.
Aos 2 anos, o sono deve durar em média 12,5 horas e as sonecas com duração de duas horas na parte da tarde.
Como garantir a rotina e a segurança de sono
Para muitos pais, seguir as recomendações pode ser um grande desafio. No entanto, existem algumas dicas que podem ajudar a garantir a rotina e também a segurança do sono dos pequenos.
No momento de colocar os bebês para dormir, é importante que os pais utilizem a iluminação como aliada. Esse recurso pode ajudar as crianças a entender sobre a rotina e as diferenças entre a hora de dormir e a soneca.
Dessa forma, quando forem descansar durante o dia, é importante manter as luzes acesas, cortinas abertas e os sons em níveis normais. De noite, os pais podem usar luzes mais baixas e diminuir o ruído. Além disso, é fundamental que os pais limitem as interações com as crianças durante a hora de dormir, deixando que eles repousem na cama ou berço sem intervenções.
Outra dica é evitar brincar com o bebê após o jantar para não estimular a perda de sono. Nesse momento, o recomendado é deixá-lo mais quieto para que o corpo identifique a proximidade com o horário de dormir.
Também é possível utilizar estratégias para auxiliar nesse processo. Músicas e cantigas de ninar, por exemplo, são bem-vindas para criar um clima relaxante para os bebês. Outro mecanismo interessante é a babá eletrônica ajuda na segurança dos pequenos durante o momento de descanso. Segundo a D’Or Mais Saúde, há modelos com conexão wi-fi, visão noturna e zoom de até 6x, tecnologias que possibilitam mais visibilidade mesmo em luzes baixas.
Quanto a segurança, também é importante destacar pontos relevantes sobre a posição do bebê ao dormir. Segundo a SBP, para reduzir chances de Síndrome de Morte Súbita, é fundamental que os pequenos durmam de barriga para cima e não de bruços.