hérnia de disco

Hérnia de Disco: causas, tipos, sintomas e as novidades no tratamento

A Hérnia de Disco é uma doença comum nos consultórios médicos e acomete muitos pacientes. Por isso, dores nas costas intensas e que causam grandes desconfortos precisam ser melhor investigadas. 

A boa notícia é que a Medicina vem evoluindo, facilitando seu diagnóstico e tratamento. Aliás, o número de profissionais em busca de cursos de cannabis medicinal cresceu bastante — uma das novidades para o alívio da dor.

Sem dúvidas, estamos diante de um tema relevante e que merece sua atenção. Por isso, preparamos este artigo para te atualizar e esclarecer melhor alguns pontos. Acompanhe!

O que é Hérnia de Disco

A Hérnia de Disco é uma doença caracterizada pelo deslocamento do núcleo cartilaginoso do disco vertebral, que pode comprimir estruturas vizinhas e nervos, gerando quadros inflamatórios. 

Entretanto, é possível que o paciente não tenha qualquer sintoma. Não é raro encontrarmos nas imagens de ressonância magnética e tomografia computadorizada a presença das hérnias em pessoas assintomáticas. 

As principais causas da doença

A principal causa da Hérnia de Disco é o processo de envelhecimento da cartilagem. Ele é responsável pelo rompimento da camada externa do disco e, consequentemente, pela saída do seu conteúdo.

Mas essa não é a única origem do problema. Há uma série de situações que podem levar ao surgimento da Hérnia e suas complicações:

  • traumas na coluna decorrente de quedas e acidentes;
  • doenças congênitas;
  • doenças nos tecidos conjuntivos;
  • predisposição genética.

Os tipos de Hérnia de Disco

É possível encontrar três tipos de Hérnia de Disco: Protusas, Extrusas e Sequestradas. Essa é uma qualificação importante, pois tem relação direta com os sintomas apresentados pelo paciente. Confira

Hérnias Protusas

As Hérnias Protusas são as mais comuns e se caracterizam pelo alargamento do disco sem a movimentação do líquido gelatinoso. Com isso, em razão do aumento do seu volume, é possível que essa estrutura faça pressão nas regiões proximais. 

Hérnias Extrusas

As Hérnias Extrusas podem ser visualizadas quando o disco se rompe e há escape do líquido gelatinoso. Nesse caso, o vazamento ocorre por meio de uma fissura e pode afetar outras estruturas. 

Hérnias Sequestradas

As Hérnias Sequestradas também são identificadas quando o anel fibroso se rompe e o líquido gelatinoso escapa. A diferença é que o conteúdo se desloca por meio do canal da medula, podendo pressionar outras estruturas.

Os sintomas da Hérnia de Disco

Como já destacamos, nem sempre a Hérnia de Disco manifesta sintomas. Porém, quando o paciente chega ao consultório reclamando de dores nas costas, é um sinal de alerta para um possível diagnóstico.

A queixa é de um desconforto que pode variar de leve a intenso. Essa dor pode perdurar por alguns dias e até apresentar uma melhora. Além disso, é comum observarmos os seguintes sintomas:

  • sensibilidade e dormência nos membros superiores e inferiores;
  • formigamento;
  • ardência;
  • perda de força nas pernas;
  • incontinência urinária.

Vale destacar que os sintomas variam de acordo com a localização do disco. Em geral, é comum ouvir o relato de que as dores tendem a piorar durante o sono. O motivo é o relaxamento do corpo e reidratação dos discos, o que aumenta o volume e gera a compressão de nervos.

Entenda como é a dor da Hérnia de Disco

A dor é um sintoma inespecífico e pode estar relacionada a diversos quadros. Sendo assim, é preciso entender como é a dor da Hérnia de Disco para conseguir um diagnóstico mais preciso e rápido.

Em geral, a intensidade da dor depende da localização e tamanho da hérnia disco. Normalmente,, é uma queixa comum uma dor que irradia pelos braços e pernas, podendo chegar nos membros e dedos, com ou sem formigamento e dormência.

Os tratamentos para a Hérnia de Disco

Os tratamentos para a Hérnia de Disco

Apesar de causar um desconforto considerável e ser motivo de idas ao consultório médico, é possível tratar a Hérnia de Disco e ter uma vida normal. Por ser uma doença com várias fases, apenas com avaliação criteriosa do médico é possível definir o melhor tratamento.

O interessante é que a grande maioria dos pacientes conseguem se recuperar. Depois disso, basta seguir orientações ao longo da vida, com mudança de alguns hábitos, para evitar recaídas. 

Em casos em que o comprometimento da coluna não é tão intenso, é válido investir em alternativas menos invasivas, como:

  • fisioterapia;
  • acupuntura
  • medicamentos anti-inflamatórios;
  • relaxantes musculares;
  • analgésicos.

A Cirurgia é a última opção

Até mesmo em casos mais severos, a cirurgia pode ser evitada. Isso porque, os tratamentos e abordagem da doença evoluíram muito nos últimos anos, dando espaço para técnicas e medicamentos inovadores. 

O profissional da medicina precisa estar atualizado com essas boas práticas e ser capaz de orientar seu paciente de modo a alcançar o melhor resultado e de uma forma menos invasiva. 

Com isso, o procedimento cirúrgico apenas deve ser cogitado em casos extremos, quando todos os demais tratamentos são descartados.

O uso da Cannabis no tratamento da Hérnia de Disco

Uma novidade interessante para o tratamento da Hérnia de Disco é o uso da Cannabis medicinal. Os resultados são positivos, especialmente em pacientes que já haviam tentado outras medicações e tratamentos sem sucesso.

A Cannabis é um recurso importante no combate dos sintomas que prejudicam a qualidade de vida, pois atua como um ótimo analgésico e antiinflamatório.

Naturalmente, a prescrição deve ser feita por um profissional qualificado após avaliação criteriosa, considerando o perfil e os sintomas de cada paciente. 

A regularização do cultivo e comercialização de medicamentos e óleos à base de canabinoides para fins medicinais avança no Brasil. Diversos pacientes já conseguiram autorização judicial para o cultivo e mais de 15 mil produtos à base desses compostos foram importados no ano de 2020.

Enfim, há uma tendência de que a legislação brasileira evolua nesse sentido e que esse tipo de abordagem cresça ainda mais nos anos seguintes. É o que pacientes, familiares e médicos esperam.